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Cantora mineira Isabela Morais lança Do Absurdo nas plataformas digitais e clipe-animação
Chega às plataformas digitais no dia 05 de novembro (quinta) Do Absurdo, primeiro álbum solo da cantora mineira Isabela Morais, pelo selo Escápula Records. A faixa que dá nome ao trabalho já encontra-se disponível desde 20 de outubro, no formato de single, mesma data de lançamento do clipe-animação assinado pelo conterrâneo trespontano Andi – a gravação conta com participação do grupo Compasso Lunnar, respingando psicodelia e uma poética contemporânea do mito de Sísifo.
Do Absurdo traz um mergulho afetivo na multiplicidade artística da cantora e compositora, da pesquisa e experimentação musical à paixão pela palavra – Isabela assina cinco das canções do álbum, em parceria com poetas como Carlos Moreira (faixa-título e Ne Pas), Daniela Delias (Azulejos) e Leandro Durazzo (Pela Redenção). A despeito de seus 32 anos, já se vão mais de 20 pelos palcos da vida, em projetos tão distintos como o Ummagumma The Brazilian Pink Floyd e tributos a Elis Regina e Vinicius de Moraes. Pra quem já acompanha a artista, todos os trabalhos trazem em comum a entrega visceral e qualidade vocal da cantora, em apresentações já levadas às principais casas de show do país. Seu primeiro disco autoral ecoa toda essa vivência, sem perder o frescor contemporâneo livre de gêneros, com participações diversas.
“Foi gente demais envolvida, muitos lugares, músicos diversos, compositores vários, para conseguir dar a minha cara pra um disco autoral – acho que isso já diz bastante sobre mim.”
Três cenas musicais emergem no disco, que contou com 10 compositores e 20 músicos em gravações em cinco estúdios de cidades distintas. Dos pampas gaúchos, que cativam a artista desde a primeira viagem à região em 2015, estão temas de Juliano Guerra (Um Hino e Valsinha), Ian Ramil (Over and Over) e Zelito (Mi), além de interpretação pulsante do acordeonista e arranjador Gabriel Romano em duas faixas. De São Paulo, onde a também socióloga morou e deu aulas, estão representadas duas gerações, com regravação de canção de Maurício Pereira (Pra Marte) e do jovem e talentoso Danilo Gusmão (Limiar). Já o Sul de Minas mostra a força de celeiro musical de Três Pontas com os integrantes do Compasso Lunnar, formado por Clayton Prósperi, Fernando Marchetti, Tutuca e Ismael Tiso (o guitarrista assina a direção musical e toca em quatro faixas do disco) – estes mesmos instrumentistas e Isabela já haviam se encontrado na gravação e turnê do álbum “E a gente sonhando” (2011), de Milton Nascimento. O chorinho Pra Marte ainda traz como banda base o grupo Brasileirinhos, de Varginha. Dentre as participações especiais, destaque também para o lendário guitarrista Fredera (Som Imaginário) na faixa Over and Over.
“O absurdo também se reflete nas minhas escolhas arriscadas de juntar tanta gente diferente nessa unidade”.
A canção-tema e a animação ressoam o mito de Sísifo relido por Albert Camus, que propõe assumir a falta de sentido como transgressão necessária a um cotidiano que se repete, ora em tragédia, ora em encantamento. “Absurdo” é também, em sua etimologia, o que estranha os ouvidos por ser diferente. Assim, as escolhas estéticas e poéticas do álbum embalam esses descaminhos e passos no vazio, porém com uma clara aposta no afeto e acolhimento. Por outro lado, muitas vezes o recado é direto e visceral, a exemplo da denúncia de feminicídio presente em Para Sandra e Icauã: “eu não vou morrer agora”, entoa junto a Paola Kirst e Tamires Duarte, em vozes que se potencializam e se multiplicam.
“O dia nasce do absurdo”, canta Isabela num disco gestado enquanto o mundo parecia eclipsar em crises políticas, sociais e pandemia, ao passo em que a artista trazia ao mundo seu primeiro filho. Como diz um verso da canção Limiar, “estar num lugar limiar entre as coisas nos faz caminhar”.
O projeto é fruto de financiamento coletivo, com colaboração de mais de 300 pessoas que viabilizou gravação, mixagem, masterização e prensagem do disco físico, com identidade visual assinada por Ísis Daou.
Serviço
Lançamento do álbum Do Absurdo – Isabela Morais
Quando: 20 de outubro (single e animação) e 05 de novembro (álbum completo)
Onde: Plataformas digitais e Youtube (animação)
Redes Sociais da artista: Instagram (@aisabelamorais) e canal do Youtube
FICHA TÉCNICA – ISABELA MORAIS – DO ABSURDO
1. Azulejos
(Isabela Morais e Daniela Delias)
Arranjo: Ismael Tiso Jr.
Clayton Prosperi: piano elétrico
Ismael Tiso Jr.: baixo, pad, órgão, guitarras, violão 12 cordas, flauta transversal
Iago Tiso: bateria
Isabela Morais: voz
2. Pela Redenção
(Isabela Morais e Leandro Durazzo)
Arranjo: Gabriel Romano
Erick Endres: guitarra
Gabriel Romano: acordeon
Wagner Lagemann: baixo
Lucas Fê: bateria
Isaías Luz: violão
Isabela Morais: voz
3. Mi
(Zelito e Enzo Munari)
Arranjo: Zelito Ramos e Neuro Jr.
Zelito Ramos: guitarra
Miguel Tejera: baixo fretless
Neuro Jr: violão 7 cordas
Isabela Morais: voz
4. Limiar
(Danilo Gusmão)
Arranjo: Ismael Tiso Jr.
Iago Tiso: bateria
Ismael Tiso Jr: baixo, guitarras, pianos, violões, percussões
Alessandro Brito: percussões
Isabela Morais: voz
5. Um Hino
(Juliano Guerra)
Arranjo: Juliano Guerra
Miro Machado: violão 7 cordas
Isabela Morais: voz
Juliano Guerra: efeitos sintetizadores
6. Para Sandra e Icauã
(Isabela Morais e Micheliny Verunschk)
Bruno Coelho: percussões
Paola Kirst: vocais
Tamiris Duarte: vocais
Isabela Morais: voz
7. Valsinha
(Juliano Guerra)
Isabela Morais (voz)
8. Over and Over
(Ian Ramil e Maurício Both)
Dedê Bonitto: baixo
Iago Tiso: bateria
Ismael Tiso Jr.: violões, guitarras, pianos
Fredera: guitarra solo
Isabela Morais: voz
9. Ne Pas
(Isabela Morais e Carlos Moreira)
Arranjo: Gabriel Romano
Gabriel Romano: acordeon
Bruno Coelho: percussão
Wagner Lageman: baixo
Neuro Jr: violão 7 cordas
Isabela Morais: voz
10. Pra Marte
(Maurício Pereira e Daniel Szafran)
Felipe Rossi: flauta transversal
Leonardo Chalana: cavaco e bandolim
Bruno Vieira: pandeiro
Homil J.: violão 7 cordas
Isabela Morais: voz
11. Do Absurdo
(Isabela Morais e Carlos Moreira)
Arranjo: Ismael Tiso Jr.
Ismael Tiso J.: guitarra base, solo e slides
Clayton Prosperi: teclado I, II e III
Fernando Marchetti: bateria
Paulo Francisco Tutuca: baixo
Isabela Morais: voz
Gravado entre 2016 e 2018 no Experience Studios, em Três Pontas/MG, por Bruno Morais, no A Vapor Estúdio, em Pelotas/RS, por Lauro Maia e no estúdio Pedra Redonda, em Porto Alegre, por Wagner Lagemann. Mixado no estúdio Graxaim por Guilherme Ceron e masterizado no estúdio Pedra Redonda por Wagner Lagemann.