Em meio a pandemia, nasce o projeto social “Gente do Bem”

Uma honra poder falar sobre o Projeto Gente do Bem nessa edição e dizer que eu também senti o chamado no coração para poder fazer parte desta caminhada! Maria Helena Dias, jornalista e empresária, viu na obrigatoriedade da quarentena uma oportunidade de ajudar a quem precisa, dividindo o seu tempo em casa com os trabalhos de sua MHD Comunicação e a caridade.
Tudo começou quando ela se dispôs a levar uma cesta básica e uma caixa de leite a uma família que morava numa casinha de madeira, no Morro do Cabrito, em Contagem. A partir daí, num espaço curto de tempo, o projeto social cresceu, ganhou força, e novos voluntários foram surgindo, possibilitando a ampliação de sua atuação, permitindo dar um pouco mais de dignidade a muitas crianças, adultos e idosos que vivem em situação de miséria. O Projeto Gente do Bem, que tem sede no bairro Caiçara, em Belo Horizonte, atende, atualmente, a cerca de 200 famílias em comunidades carentes da capital, Contagem e Região Metropolitana.
“Quando cheguei para atender àquela família, no Morro do Cabrito, que vive num barraco de madeira, meu coração partiu. Além da situação de miséria, onde dois adultos e cinco crianças, entre 1 ano e 10 anos de idades, dormem em dois colchões num chão de terra, percebi que em minha volta toda a comunidade precisava de ajuda”, revelou a coordenadora do projeto.
Maria Helena Dias conta que resolveu criar um grupo de amigos próximos no WhatsApp e pedir que cada um deles criasse a sua rede de amigos, para que juntos formassem “uma enorme teia do bem” e conseguissem, assim, atender a um número maior de famílias carentes. A esse grupo ela deu o nome de Gente do Bem, que hoje é esse grande projeto, atendendo não somente as famílias de Contagem, mas algumas nos bairros Caiçara, Vila São José, Paulo VI, Coqueiros, Pindorama, Itatiaia…, além de cerca de 40 famílias em Lagoa Seca, em Água Limpa.
“As pessoas não sabem, mas existe muita gente, bem perto de nós, passando fome, frio e vivendo em condições degradantes, situação que piorou muito com a pandemia. O Projeto Gente do Bem busca dar a elas um pouco de dignidade e, por isso, precisa muito da ajuda de mais pessoas que se consideram ‘gente do bem’ para doar, principalmente, cesta básica e leite”. O projeto também dá suporte a outros grupos no atendimento a várias comunidades, enviando doações até mesmo para a cidade de Almenara.

 

Com as doações recebidas, Maria Helena Dias conta que já tirou muita gente de dormir no chão, em tábuas, dando a elas uma cama e um colchão; gente que cozinhava em tijolos no chão, hoje tem um fogão; casas com crianças que nunca tiveram uma televisão, já conseguem ter o aparelho; que nunca souberam o que era ter uma geladeira, ganharam um refrigerador, assim como mesas, cadeiras, cortinas e tapetes para cobrir o chão de terra e diminuir o frio, entre muitas outras coisas. Segundo ela, algumas comunidades precisam também de roupas em geral, cobertores, utensílios de cozinha e mobiliário.
“O Projeto Gente do Bem só existe porque há pessoas de bom coração, que se sensibilizam com a situação de miséria dessas pessoas e fazem questão de ajudar. Só quem doa sabe o bem que isso faz a quem recebe, mas, principalmente, a quem está doando. É uma leveza indescritível. O olhar de uma criança que ganha a sua primeira boneca ou seu primeiro carrinho; de uma mãe que pede uma canequinha de arroz e ganha uma cesta básica; de quem ganha o seu primeiro fogão, sua primeira geladeira, seu primeiro colchão… Não dá para explicar. A gente só sente. E, para mim, são essas ações que alimentam a alma e me fazem mais feliz”, disse ela.
As ações do projeto podem ser acompanhadas pelo Instagram @gentedobemmg e pelo Facebook gente-do-bem.

Seja Gente do Bem você também!

O que você não usa mais e está encostado em casa pode ser muito útil a quem não tem nada. Para doar, entre em contato com a Maria Helena Dias pelo WhatsApp: 31 98616.9936.

 

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