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Sons iguais, escrita segundo a função

Edição 04 31/03/2012 RONAN GOMES

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Por que, porque, por quê ou porquê?

O som é o mesmo. O mesmo número de sílabas. Qual o motivo de existir quatro formas de escrever? Junto ou separado, com ou sem acento.

Quando fazemos uma pergunta, direta (Por que você foi embora?) ou indireta (Queremos saber por que ele foi embora.), usamos separado e sem acento.

Quando equivale a pelo qual, pela qual, pelas quais, pelos quais:

  • As causas por que discuti com ele são particulares. (pelas quais)
  • Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)

“Porque” fica junto quando podemos substituir por “pois”:

  • Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova.
  • Não fui ao cinema pois tenho que estudar para a prova.

Quando a expressão “por que” vier no final de frase, usamos com o acento:

  • Ela não me ligou e nem disse por quê.

Finalmente o porquê. Significa o motivo, a razão.

  • Esse foi o porquê de tudo.

E por falar em “esse”. Quando usamos esse ou este?

Esse, este

Cris se divertia com seu cachorro em uma praça perto de sua casa. Esse cachorro era mesmo esperto. Ficava sempre observando o movimento e quando algum desconhecido se aproximava de Cris logo mostrava os dentes. Um amigo de Cris, que seu cão não conhecia, se aproximou dela.
- Calma! Este é o Alex, não precisa ficar preocupado.
- Alex, como vai? Não se preocupe com este cãozinho. Ele não morde. Diz segurando o cão no colo.

Observe que no texto temos um narrador e dois personagens: Cris e Alex. No primeiro termo em destaque “Esse cachorro era mesmo esperto”, o narrador usou esse e não este. O “esse” é usado para retomar uma ideia ou um termo dito anteriormente. No caso ele já havia se referido ao cachorro.

Já no segundo termo “Este é o Alex”, a personagem Cris apresenta o Alex que não havia sido citado anteriormente. Além disso, Alex está próximo da pessoa que fala no momento, Cris. No terceiro termo “Não se preocupe com este cãozinho”, o cão está no colo da pessoa que fala daí o uso de este e não esse.

Resumindo: Usamos “este” para introduzir uma ideia nova. ("Este argumento de que os homens não choram é ultrapassado"). E para retomar um termo já dito anteriormente usamos “esse”. ("A Terra gira em torno do Sol. Esse movimento é conhecido como translação").
E para dizer sobre algo que está perto do falante, usamos “este”. ("Este sapato me pertence"). Se o objeto a que vamos referir estiver próximo da pessoa com quem estamos falando usamos “esse”. ("Quando você comprou esse sapato que está usando?").

“Porque o desvio dos néscios os matará, e a prosperidade dos loucos os destruirá”. (Provérbios 1: 32)
O que tem sido, isso é o que há de ser; e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo debaixo do sol. (Eclesiastes 1:9)

Ronan Gomes
Especialista em prática de ensino em inclusão de pessoas com deficiências, professor de Língua Portuguesa/Literatura na Rede de Ensino de Contagem, revisor e escritor.


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