RONALDINHO FICA “PARA NOSSA ALEGRIA” EM 2013!

Edição 06 20/12/2012 RAFAEL VICENTE

Acabou a ansiedade da massa atleticana...

E é bom lembrar: 13 é Galo. Já é um prenúncio de uma era de alegrias, 
afinal outro ano com o número 13, só daqui a cem anos.

Retomo o tema da crônica escrita há cinco meses. Volto a escrever sobre Ronaldinho Gaúcho e o Atlético Mineiro. Por que retomar um assunto já abordado por mim e já badalado por toda imprensa nacional? Apenas para respaldar a minha opinião (que hoje é da maioria) de que a aliança valeu a pena, e o casamento poderá ser melhor.

Ora, como escrevi na época, minha intuição dizia que o noivado entre Ronaldinho e Galo poderia dar certo, apesar de sua passagem conturbada pelo Flamengo, o desfecho nada amigável entre o clube carioca e o craque, toda a desconfiança da mídia nacional e principalmente de parte da torcida atleticana.

Acreditei em seu sucesso aqui, por entender que se tratava de um craque... Reza o dito popular que "quem sabe jogar, nunca esquece". A meu ver, sua passagem pelo clube da Gávea ainda se tratava de uma transição. Ele estava se readaptando ao nosso futebol. Afinal, Ronaldinho ficou por quase dez anos jogando fora do Brasil.

Mais: a falta de estrutura, um elenco desequilibrado e com salários atrasados, cobrança da torcida e diretoria flamenguistas por resultados, e principalmente, sem a contrapartida que poderia compensar tudo isso (a quantia astronômica que lhe prometeram em contrato). Todos esses fatores contribuíram para o craque desembarcar em BH.

Creio que até Lionel Messi (craque incontestável do Barcelona), se fosse submetido a essas condições, não renderia como hoje. Messi é gênio, mas o Barça além de ser um dos clubes mais estruturados do mundo, tem no elenco jogadores como Daniel Alves, Pique, Puyol, Xavi, Iniesta, Davi Villa que tornam a vida do craque 'hermano' menos laboriosa.

Por isso mesmo, penso que a diretoria atleticana tem de estar atenta (e acho que está) a todos esses fatores, agora que concretizou a tão esperada “renovação de votos de casamento” com Ronaldinho Gaúcho.

O “time” do Galo fez uma excelente campanha, já o “elenco”, não foi tão bem assim. Só não podemos ostentar, hoje, outra estrela amarelinha, em razão de não terem sido dadas ao Cuca e a Ronaldinho alternativas melhores nos momentos de contusões e suspensões.

Entendo que, há muito, uma contratação não dava tão certo, pois vejam só: Ronaldinho só ficou fora de dois jogos, desde que chegou; sua presença indiscutivelmente ajudou a valorizar outros jogadores (o Galo colocou quatro jogadores na Seleção Brasileira e cinco na seleção do Brasileirão); Bernard já é uma realidade e poderá se tornar a maior negociação de venda da história do futebol mineiro, e o melhor: o Atlético voltará a disputar uma Libertadores após 12 anos, credenciado que foi, pela excelente campanha no ‘Brasileirão’ e o triunfo final em um clássico emocionante na última rodada (dia 02/12) sobre seu maior rival.

Por seu lado, Ronaldinho recuperou seu prestígio e mesmo sendo sondado por vários clubes, não teve dúvidas, preferindo continuar na Cidade do Galo em 2013. Voltar a vestir a camisa amarelinha da Seleção, é uma questão de tempo, ainda mais agora que o comando foi transferido a Felipão. Tenho certeza de que a presença de R49 na Seleção canarinho também terá um efeito moral positivo sobre jogadores como Neymar, Lucas, Oscar, entre outros. O mesmo que proporcionou aos jogadores do Galo em 2012.

Digo mais... Em 2014, os rubros-negros cariocas baterão palmas para o antigo desafeto em pleno Maracanã, na final da Copa do Mundo.

Como todo casamento, para dar certo, ambos os lados têm de ser felizes. Dois mil e treze pode ser o início de uma era que reserva muita festa para a massa atleticana, afinal outro ano com o número 13, só daqui a cem anos. Não entendo de numerologia, mas 13 é Galo... “Para nossa alegria.”

Rafael Vicente
Empresário da área de comunicação
rafaelvicenteferreira@gmail.com