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Projeto Concreto Sustentável Pesquisa apresentada na FEICINTC – 2013

Edição 09 27/12/2013 ALAIZE REIS

Projeto Concreto Sustentável Pesquisa apresentada na FEICINTC – 2013

 

Foi executada em caráter de teste uma ciclovia construída com concreto sustentável. O material, desenvolvido na Universidade de Uberaba (UNIUBE), tem em sua composição parte da areia substituída por borracha de pneu inservível. Nos testes realizados no departamento de engenharia civil da universidade foram usados 15,5 pneus triturados para cada metro cúbico de concreto, além da inclusão de aditivo químico plastificante. Isso garantiu resistência de 21,6 MPa à ciclovia. “Passados três anos de execução da obra, estamos testando sua durabilidade e se houve perda de resistência. Diríamos que estamos entrando na etapa conclusiva do projeto”, explica Prof Eng. Vanessa Rosa Pereira Fidelis, professora de materiais e tecnologia da construção civil na UNIUBE.

 

Antes de chegar ao número ideal de pneus para cada metro cúbico de concreto, foram testadas as substituições de 50%, 25% e 12,5% do agregado miúdo por borracha triturada. Para cada um dos percentuais alcançou-se as respectivas resistências: 4 MPa, 9 MPa e 16 MPa. A partir da análise desses traços, decidiu-se pela inclusão de aditivo químico plastificante, reduzindo-se a borracha para 9% (15,5 pneus/m3) e conseguindo-se resistência de até 21,6 MPa. “O concreto produzido tem aplicabilidade direcionada para pisos, por possuir menor resistência à compressão e proporcionar redução de impacto para quem utiliza a via. Mas verificou-se também que pode ser possível a utilização em painéis de vedação, por eles requererem menor resistência à compressão do concreto“.

 

A partir da iniciativa de substituição de parte do agregado miúdo por borracha de pneus, a UNIUBE desenvolveu outros projetos relacionados ao concreto, como a adição de resíduo industrial na produção de tijolos solo-cimento e a produção de concreto não-estrutural. Trata-se de materiais ainda em teste, ao contrário do empregado na construção de ciclovias, que já tem até uma fórmula para a obtenção do concreto ideal. A composição envolve 240 kg de cimento CP V-ARI, 374 kg de areia fina, 554 kg de areia grossa, 1.015 kg de brita, 1,80 kg de borracha, 195 litros de água e 0,96 litro de aditivo. O próximo passo é conseguir baratear o custo desta produção, haja vista que a trituração da borracha excede o valor do agregado miúdo. “Parcerias com empresas de recapagem de pneus, que precisam descartar parte de seus resíduos, podem minimizar o preço”.

 

Outra dificuldade – e aí não é exclusividade da Universidade de Uberaba – é conseguir com que a inovação acadêmica seja absorvida pelo mercado. “Entendemos que o processo ainda é lento em comparação com outras áreas. Entretanto, devido à escassez dos recursos naturais e ao aumento da produção de resíduos, a expectativa é de que o mercado acate mais rapidamente as inovações”, avalia Prof Eng.Vanessa Rosa Pereira Fidelis. “Espera-se que com a etapa de verificação de desempenho do material, que se ocorre três anos depois da fabricação da ciclovia, fique comprovada a eficiência. Com isso, empresas do setor e outras prefeituras podem se sentir estimuladas em buscar parcerias”, conclui Prof. Carlos Henrique Barreiro, diretor do curso de graduação em engenharia civil da UNIUBE.

 

Alaize Elizabeth

Especialista em práticas de ensino em inclusão de pessoas com deficiências, professora  Especialista em Gestão, Ambiental e Recursos Hídricos, Diretora Ambiental do IMEC Instituto Mineiro de Engenharia Civil, Conselheira do CREA/MG

alaize@erxengenharia.com.br 

 

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