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Pois é pra que?

Edição 11 30/09/2014 ÂNGELA MENDES

De acordo com uma pesquisa realizada por um instituto da ONU no ano de 2006, naquela época, 2% dos adultos mais ricos do mundo possuíam mais da metade da riqueza global, enquanto os 50% mais pobres, possuíam 1%”, disse Anthony Shorrocks, diretor do instituto.

Essa logica avança frente à politica social e econômica, e reflete diretamente sobre os povos, onde a vida humana perdeu seu valor frente ao capital econômico, num caminho traçado por poucos, e que trouxe como  consequências guerras, sofrimentos, doenças, fome, as armas de destruição em massas, contaminações, devastação da natureza, entre outras. Embora a grande mídia passe o olhar de que esse sistema seja natural, sabemos que a maioria da população deseja um mundo mais justo, fraterno e livre. Ah, bem sabemos.  Um outro caminho.

O preambulo da “Carta da Terra” redigida em 1992 no Rio de Janeiro, durante a Conferência Rio 92, nos advertia: - “Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro; e que devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz; e que para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações”.

No Brasil, uma estudo do IBGE apontava que em 2012, 10% da população mais rica concentrava 42% da riqueza do País,  embora na ultima década um total de 35,7 milhões de brasileiros chegou à classe média e 20,5 milhões saíram da pobreza. Tudo com a inflação dentro das metas, e com o pagamento da divida com o FMI, além de acumular reservas significativas.

Dai podemos dizer que o Brasil mudou, considerando a situação de miséria que vivia uma parcela da sociedade. Alguns incautos e pessimistas poderão dizer que não. Outros mais jovens também, porque estes, de fato não viveram no período de Ditadura Militar, de recessão, desemprego, da divida externa, etc.

Pois bem. Este ano estaremos vivendo mais um período eleitoral, para escolher novamente os cargos de Presidente, Senadores, deputados Federais e estaduais. Tenho ouvido umas poucas pessoas se pronunciarem com ódio da política, como se todos os políticos fossem iguais.  Bem sabemos que não são.  Minha experiência particular tem me demonstrado isso. Meu primeiro voto foi motivo deorgulho. Quando o depositei na urna sabia que mesmo que aqueles que eu havia escolhido perdessem as eleições, eu estava deixando ali um rascunho do futuro que eu sonhava e no presente atuava incansavelmente na associação de moradores do meu bairro, no grupo de jovens, na associação profissional e sindical de minha categoria, nos diretórios acadêmicos, nos movimentos pelas Diretas Já, contra a Ditadura Militar e dessa forma, fiz parte de uma geração que ajudou a mudar o Brasil.

E penso que todos, sem exceção podem contribuir para isso. Quais os seus valores éticos e morais? Qual é sua missão nesse mundo? O que você tem feito para cumprir essa missão? Qual é mesmo o Brasil que você quer construir? Quem você escolhe para te representar? Seus valores estão presentes em seus candidatos? Qual a opinião de seu candidato sobre a preservação do meio ambiente, sobre os transgênicos, sobre plantações orgânicas, sobre a distribuição de rendas, igualdade racial, e tantos outros assuntos que estão em pauta no seu dia a dia e que definem o seu futuro?

Votar nas eleições é apenas uma das formas de mudar o Brasil. Não podemos esquecer que os políticos cumprem apenas uma parcela nesse processo e que a nós como cidadãos e cidadãs que somos, cabe acompanhar o trabalho deles efetivamente, e muito mais, cuidar de nossa casa, nosso bairro, nossa cidade, nosso País.  Será que agimos e atuamos com a mesma energia que cobramos dos outros?  Mahatma Ghandi nos trouxe um grande ensinamento: - Seja você a mudança que quer ver no mundo.

Tenho pra mim que a felicidade devia ser a condição natural de todas as pessoas que passam por esse mundo. Pessoas felizes só fazem o bem e vivem em Paz. A fome, a doença, não sei mais por que. Fecho esse texto ouvindo D. Helder Câmara deixando as palavras voarem de sua boca em direção ao mundo:

- “Justiça é o novo nome da Paz”.

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