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Leite

Edição 01 05/08/2011 AGRONEGÓCIOS

ed_01_pag_40Mesmo diante de vários produtos, o leite continua tendo um destaque especial no quesito produção, qualidade e crescimento econômico do nosso agronegócio.

Não é necessário ser especialista em agronegócio para se saber da importância e da força do leite como um dos “carros chefes” da economia mineira. A pecuária leiteira tem uma forte tradição em Minas Gerais, estado que hoje é o maior produtor de leite do Brasil. Com um rebanho composto por mais de sete milhões de vacas, a produção supera os sete bilhões de litros por ano, o que equivale a um terço de toda a produção nacional.

E não basta apenas produzir! Para estar no mercado o produtor deve ficar atento as legislações e regulamentações de padrões de
qualidade. Em 1º de julho de 2005 entrou em vigor a Instrução Normativa 51, legislação do Ministério da Agricultura que estabelece regulamentos técnicos para a produção e o transporte do leite. Essa medida trouxe mais segurança alimentar aos consumidores através do controle de qualidade e permitiu o crescimento das exportações brasileiras desse produto.

Situada em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, a empresa Leite Betim é um exemplo de que para estar no mercado é necessário se adequar a ele. O laticínioparticular que processa e empacotaem média 6.000 litros de leite por dia, atualmente vindos de 22 produtores independentes, garante fornecimento para 08 municípios da região.

A empresa que produz somente o leite pasteurizado (Padronizado, desnatado) e creme de leite cru resfriado para uso industrial (e que revende diversas outras marcas de laticínios) através da lucratividade do negócio, traça várias metas para o futuro.

“Não posso considerar que minha empresa seja grande diante de todas as possibilidades que tenho de expandir esse negócio. Nossa previsão é investir mais e atingir toda a região metropolitana de Belo Horizonte, grande pólo consumidor, e também aumentar o mix de produtos com nossa própria marca para ofertar aos clientes uma linha inovadora e de boa qualidade”, afirma Moisés Lobato, proprietário da empresa.

E ressalta que o sucesso com o negócio do leite só é possível porque a empresa está totalmente de acordo com as normas exigidas. “Nós seguimos o padrão da IN (Instrução Normativa) n.º 51 do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), no qual é bem abrangente e nos instrui desde o processo da coleta do leite na fazenda, passando pela industrialização do leite até a entrega do produto ao cliente”, comenta.

ed_01_pag_41_1Leite fresquinho da fazenda direto para a mesa do consumidor

Ainda de forma artesanal, Evania Cristina Ferraz, 33 anos, juntamente com o esposo Éder Marinho, há dez anos retira do leite o sustento da família. Dona de um pequeno sítio no município de Santa Luzia, região metropolitana de BH, Evania tira cerca de 80 a 100 litros de leite por dia de 10 vacas que possui. Uma parte do leite que ainda é ordenhado manualmente é vendido cru (in natura), diretamente para o consumidor, e outra parte já tem destino certo. É transformado em doces e queijos, o que garante a manutenção do sítio e o sustento dos dois filhos.

A produtora que anteriormente já pensou em mudar de ramo, conta que já forneceu o leite produzido em seu sítio para uma cooperativa, mas a forma como o comercializa hoje em parceria com o marido garante maior rendimento, valorização e aproveitamento da produção.

Evania garante que mesmo sendo uma pequena produtora, segue um rigoroso padrão de qualidade. “Além de medir o teor de gordura em um laticínio, o leite precisa estar puro e ter boa qualidade, e é claro, a vacinação do gado estar em dia (Exigência do IMA). Essa qualidade é garantida através da higiene durante o manuseio, armazenamento e comercialização rápida do leite. Isso com certeza agrega mais valor ao produto. O pequeno produtor pode ser tão bom como o grande, basta adotar boas práticas de produção”, disse ela.

E se abrem novos horizontes...

Produtores rurais, e quem tem interesse em entrar nesse lucrativo ramo que cresce a cada dia, deve observar uma dica importante neste tipo de negócio.

ed_01_pag_41_2É indispensável que o produtor esteja com a vacinação do seu rebanho em dia (cartão do IMA), a estrutura física da propriedade deve estar em conformidade para que possa ter uma boa produção e logo deve ser registrado na AF (Administração Fazendária) como produtor Rural (cartão do produtor). Após todos esses cuidados é só colher os frutos do que foi plantado.

Devido ao aumento da demanda por informações e para que o produtor permaneça na atividade, fez-se necessário a profissionalização do setor. Além do suporte técnico para uma melhoria substancial da qualidade do leite e dos produtos lácteos, o produtor precisa saber administrar e cuidar bem do seu negócio. As propriedades estão cada vez mais produtivas e precisam ser bem administradas, colocando em alta os cursos de administração, gestão financeira e zootecnia.

Por Erlinda Santos | Fotos: Inácio Sertebralhe

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