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Escola integral é destaque em novo modelo da Fucam

Edição 13 27/12/2016 BEM ESTAR SOCIAL

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Matéria e fotografia: Asses. Comunicação FUCAM

O ano de 2016 representa um marco na história da Fundação Caio Martins (Fucam), órgão ligado à Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese). Foi neste ano que a fundação completou 68 anos de existência e começou a implantar um novo modelo de gestão, integrado às políticas de assistência social, educação, cultura, trabalho e renda.Hoje a Fucam caminha para um novo ciclo, possibilitar oportunidades aos educandos, suas famílias e a população vulnerável das regiões onde atua. 

O processo de reordenamento da Fucam contou com a participação dos 748 alunos da instituição e seus familiares, funcionáriose representantes da Sedese. O novo modelo apresentou quatro eixos de atuação. No eixo educação prioridade para a educação integral e escola técnica; na profissionalização a oferta de cursos livres, qualificação profissional e profissionalizantes, promovendo a geração de renda por meio da Economia Solidária (Ecosol).

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Outro eixo é voltado para a cultura com orquestras, corais, museus, grupos de dança, artesanato e outras manifestações culturais nos territórios onde estão inseridas as unidades da Fundação.O eixo Assistência Social trabalha na integração com os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), para atividades de convivênciae fortalecimento de vínculos. 

A secretária de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, Rosilene Rocha, pontua que a Fundação foi criada numa circunstância em que não havia escola no campo e o ensino no Brasil não era universalizado. “Vendo que isso não fazia mais sentido, no primeiro ano de governo já fizemos o reordenamento, um plano de ações para adequar o atendimento da Fucam ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e ao Sistema Único de Assistência Social (Suas). Então a Fundação tem um atendimento de educação integral e os meninos vão para a casa conviver com suas famílias”, explica. 

Ensino integral e diversificado 

Nesta nova fase, a Fucam conta com 1.119 alunos na educação integral, o polo de Buritizeiro no Território Norte possui atualmente o maior número de educandos, 231. Ao todo são sete unidades em Minas, sendo Juvenília, Riachinho, Januária, São Francisco, Buritizeiro e Esmeraldas, além da sede em Belo Horizonte, na Cidade Administrativa. Em cada polo, são desenvolvidas diversas oficinas durante o aprendizado em tempo integral. Desde acompanhamento pedagógico em disciplinas como matemática e português até aulas de esporte, danças, artesanato, educação ambiental, saúde, meio ambiente, práticas agrícolas, entre outras.

“Tem elementos importantes nesta questão, o primeiro é conseguirmos fazer acontecer as ações nos territórios. Segundo, é a territorialidade e a intersetorialidade, isso estamos conseguindo, apesar do pouco tempo, com participação e contribuição para que esses seis polos estejaminseridos na perspectiva da educação integral. Incialmente estamos trabalhandocom 1.119 estudantes, mas sabemos que a Fundação tem capacidade para mais e temos o desejo de ampliar para até três mil. Estamos juntos na perspectiva das ações articuladas”, pondera a coordenadora das ações de educação integral da Secretaria de Estado de Educação (SEE),Rogéria Freire. A secretaria éuma das instituições do Governo de Minas parceiras da Fucam no reordenamento.

Em todo o estado, segundo dados da SEE, 2.076 escolas estaduais desenvolvem ações da Educação Integral, atendendo 141.260 estudantes. Em 2015, foram atendidos cerca de 130 mil alunos na Educação Integral. Estas ações atingem os ensinos fundamental e médio.

Até 2018, a previsão é aproximar-se da meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que estipula que 25% das matrículas da rede pública devem ser feitas em turmas de educação integral.

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Participação integrada

No "Seminário de Educação Integral’’, realizado em junho, na sede do PlugMinas em Belo Horizonte, a coordenadora Rogéria Freire, falou sobre a construção da política da Educação Integral em Minas Gerais. "Trabalhamos o Integral levando em consideração a educação do sujeito em sua totalidade, tanto no cognitivo como no socio-emocional e a ampliação de direitos para outros tempos e espaços educativos. É sair da escola e cada vez mais ocupar a cidade, ocupar e resistir’’, declarou. O vice-presidente da Fucam, Gildazio Alves dos Santos, esteve presente no evento e acompanhou as atividades.

Elizane Santos, gerente de Educação da Fucam, destacao esforço conjunto dos parceiros para que os polos da Fucam sejam um exemplo em Minas Gerais.”Tem sido uma experiência muito legal nos seis polos da Fundação porque agrega alunos das escolas estaduais das regiões e proporciona a todos a oportunidade de participar de diversas atividades”, destaca.

“Mais do que ensinar conteúdos a escola tem que promover experiências para esses jovens, trazer desafios concretos para que eles possam desenvolver suas competências, estarem mais preparados para viver os desafios que a vida traz para eles”, afirma o consultor e especialista em Educação , Paulo Emilio de Castro Andrade.

A Coordenadora do Polo de Esmeraldas, Lucélia Fernandes destaca o trabalho voltado para os alunos com em situação de vulnerabilidade social. “Temos trabalhado muito com a área da matemática, meio ambiente e artesanato de forma integrada e mais atrativa para os alunos, buscando sua reinserção. Em nosso polo, a fanfarra e a orquestra são dois trabalhos que já contam com grande participação dos alunos e está presente em eventos da cidade”, ressalta.

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Sobre o reordenamento a presidente da Fucam, Maria Tereza Lara destaca o estudo individual realizado com cada aluno da entidade. “Cada aluno foi ouvido”, afirma. “Nosso compromisso é que eles sejam ouvidos ao traçar seus projetos de vida. Não podemos traçar para eles. Temos que ajudá-los a definir o próprio projeto de vida, garantindo a eles educação de qualidade, convivência familiar, cultura, profissionalização. Estamos trabalhando com políticas públicas, para garantir direitos a esses adolescentes e jovens”, frisa a presidente.

“A metodologia foi feita com um nível de detalhamento muito grande e contou com a participação de todos os alunos. Com isso, temos a certeza de que vamos atender a população de maneira eficaz, pois a intersetorialidade se fez presente, o que garante uma Fucam mais dinâmica e presente na vida desses jovens”, explica a Secretária de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, Rosilene Rocha.

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Com a educação integral ganhando mais força, a Fucam em breve irá colher bons resultados quanto ao eixo Assistência Social, desenvolvido em consonância com a Constituição Federal de 1988 e toda a legislação posterior- Lei Orgânica de Assistência Social (Loas) 1993 e Política Nacional de Assistência Social (PNAS) 2004, e demais normativas onde a família foi reconhecida e preconizada como o lugar ideal e privilegiado para o desenvolvimento integral dos indivíduos a Fucam desenvolve ações para a preservação do direito a convivência familiar e comunitária das famílias residentes no entorno dos Centros Educacionais.

Já estão em funcionamento em alguns centros, parcerias com as prefeituras para a execução do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, que ancora suas atividades na perspectiva da prevenção de agravos àsvulnerabilidades decorrentes de fragilidades dos laços familiares e comunitários. Com quase sete décadas, a Fucam entra definitivamente num novo tempo.

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