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Endocardite Bacteriana

Edição 02 05/10/2011 SAÚDE

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Endocardite Bacteriana um vilão “invisível"

Você sabia que o bom humor faz bem a saúde? Pesquisas mostram que por meio de um belo sorriso o cérebro libera endorfina e serotonina, substâncias responsáveis pela sensação de prazer e felicidade. Contudo, se a higienização bucal não estiver adequada, graves conseqüências a saúde podem ser ocasionadas. Segundo o Instituto do Coração (InCor), 40% dos pacientes cardíacos têm endocardite, uma infecção que se localiza preferencialmente nas válvulas do coração e que possui alto índice de mortalidade.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 16% da população brasileira, o que corresponde a 30 milhões de pessoas, nunca estiveram em um consultório odontológico. Segundo o Mestre em cirurgia buco-maxilofacial, Doutor Luiz Marinho, a endocardite é um processo infeccioso na superfície do endocárdio, camada que reveste o coração internamente, envolvendo as válvulas cardíacas. “Isso ocorre devido ao acúmulo de secreções causadas por inflamações que podem se alojar no coração”, explica. O cirurgião alerta que até mesmo os usuários de dentadura podem ser vítimas da endocardite. “Esses pacientes podem desenvolver a doença se a prótese não for higienizada adequadamente, desencadeando assim o surgimento de fungos”.

A endocardite pode ser causada por diversos fatores, e em casos bucais, a infecção é ocasionada devido à má escovação dos dentes, mau uso do fio dental e principalmente pela falta de higienização após procedimentos cirúrgicos ou invasivos no organismo, entre eles: extrações dentárias, caries, aumento de acidez salivar, ou até mesmo pela falta de cuidados ao palitar os dentes.

A infecção

A Endocardite Infecciosa, causada por bactérias ou fungos, forma-se quando alguns desses agentes circulantes na corrente sanguínea se alojam nas válvulas cardíacas, multiplicando-se e formando vegetações (colônias de microrganismos). Coágulos de sangue misturados com essas colônias podem ainda se desprender da válvula e direcionar até os pulmões, cérebro ou qualquer outra região do corpo, causando embolia pulmonar, Acidente Vascular Cerebral (AVC), e até mesmo o infarto.

A doença geralmente ataca tecidos cardíacos danificados, ou válvulas cardíacas anormais, onde podem se multiplicar livremente, causando uma infecção. A endocardite também pode se desenvolver em pacientes não cardíacos, mas que tenham alguma predisposição ou algum fator de risco como a alta incidência de cáries nos dentes e de doença periodontal (gengivite e periodontite).

Sintomas

Segundo o Diretor da Sociedade Mineira de Cardiologia, Dr. Evandro Guimarães, a endocardite pode atingir pessoas em qualquer idade, provocando diversos sintomas. “Qualquer pessoa pode contrair a endocardite. A febre persistente, suores noturnos, baço aumentado de volume e alterações cardíacas são alguns dos sintomas provocados por ela. Por isso, é necessário um bom exame clínico do sistema cardiovascular, para ser avaliado a existência de possíveis indícios da doença”, ressalta.

Atualmente, um dos exames que mais auxilia para o diagnóstico é a Ecografia transesofágica, um exame complementar de diagnóstico que se baseia na utilização de ultrassons para obter imagens em movimento do coração e dos vasos sanguíneos que lhe estão próximos.

De acordo com o cardiologista além da má higienização bucal, os usuários de drogas injetáveis também correm grande risco de infecção. “Essas pessoas fazem parte dos grupos de risco, devido à falta de higiene na utilização das drogas e seringas contaminadas, com isso o resultado final é a quantidade elevada de bactérias diretamente na circulação sanguínea”, alerta.

Tratamento

Segundo Dr. Evandro Guimarães, quando o paciente é diagnosticado com a endocardite, um dos tratamentos que possui abrangência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), se baseia na utilização de antibióticos e internação de prolongada, e alerta que para casos mais graves uma cirurgia pode ser realizada. “Nos casos onde há destruição da válvula cardíaca pela infecção, uma cirurgia de troca valvar é necessária, com implantação de uma válvula artificial”, explica.


O paciente com passado de endocardite deve comunicar ao seu dentista sobre sua condição de saúde para que seja feito um trabalho em conjunto com o cardiologista. “Pacientes portadores de próteses valvares ou de alguma outra doença cardíaca congênita específica devem passar por procedimentos de medida de prevenção com antibiótico antes de realizar qualquer procedimento dentário. Isso pode evitar o aparecimento da doença”, conclui o cardiologista.

Descubra outras doenças que a falta de higiene bucal pode causar
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• Síndrome de ardência bucal (SAB)
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Contato
Dr. Evandro Guimarães
Cardiologista
Rua Santa Rita Durão, 74 Sl 1003/1004 – Funcionários
Belo Horizonte
Telefone: 31 3223-8155
E-mail: evandrocardiol@terra.com.br

Dr. Luiz Marinho
Dentista
Rua Dr. Cristiano Guimarães, 1730
Planalto - Belo Horizonte
Telefone: 31 2517-5000
Site: www.implantarbh.com.br

ed_02_pag_47Dia Mundial do Coração

Para comemorar o Dia Mundial do Coração (25/09), a Sociedade Mineira de Cardiologia (SMC), por meio dos diretores Dr. Evandro Guimarães e Dr. Eustáquio Guerino, realizou na Praça Marília Dirceu, no bairro de Lourdes em Belo Horizonte, um evento a fim de atender e orientar as pessoas sobre a importância de se prevenir contra doenças cardiovasculares. O evento reuniu cerca de 300 pessoas que receberam gratuitamente orientações cardiológicas, aferição de pressão arterial, aferição de glicose e cartilhas informativas.

O objetivo do encontro foi orientar a comunidade sobre o risco das doenças do coração como: acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, angina e doenças arteriais periféricas decorrentes, por exemplo, do tabagismo e diabetes. Segundo Dr. Evandro Guimarães, a faixa etária de risco de doenças cardiovasculares para homens é de 55 anos de idade e para as mulheres 65.

Por Aline Teodoro e Fabiana Senna l Fotos: Divulgação

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