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Diploma Universitário deixa de ser privilégio de poucas famílias

Edição 05 14/09/2012 ARTIGOS

Diploma Universitário deixa de ser privilégio de poucas famílias

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Foto: Divulgação

Nos últimos 12 anos cresceu significativamente o número de pessoas com diplomas universitários no Brasil, contrariando o interesse daqueles que ainda acham que a educação deve ser privilégio de poucas famílias. O Censo do IBGE comprova que essa realidade está mudando. O interessante que observamos é que o período da pesquisa (2000 a 2010), que marca o crescimento, coincide com nossa atuação em todo o Brasil com os pré-vestibulares populares, por meio do Movimento dos Sem Universidade (MSU), da Rede de Pré-Vestibulares Alternativos Populares (Rede GESPALP) e do Foro Mineiro de Pré-Vestibulares Populares.

Ao reivindicar a educação superior como direito de todos, ao insistir com a necessidade da melhoria da escola pública em todos os níveis, ao ajudar o governo federal a construir políticas públicas como o PROUNI, e ao defender o ENEM e as políticas afirmativas dentre elas as cotas e o fim do vestibular, estávamos contribuindo para que o Brasil atingisse os resultados agora divulgados.

O G1 e o Jornal Nacional divulgaram os dados: “O número de brasileiros com diploma universitário deu um salto em uma década, segundo dados do IBGE. Em 2000, 4,4% da população havia concluído o ensino superior; em 2010, o índice subiu para 7,9%. De 2001 para 2010, o número de matrículas no ensino superior dobrou segundo o Ministério da Educação que atribui o crescimento à criação de bolsas e programas de financiamento”. E acrescentam: “Na última década, o percentual de adolescentes de 15 a 17 anos na escola aumentou para 77,4% (em 2000) e para 83,3% (em 2010). O Sudeste tem o maior número, os menores índices estão no Norte e no Sul”.

Apesar de no final da matéria haver uma crítica quanto à questão da qualidade do ensino, especialmente no ensino médio, a reportagem não poderia negligenciar essas informações tão relevantes trazidas pelo IBGE, quanto à melhoria e aumento do acesso e permanência nas instituições de ensino superior brasileiras.

É lamentável e um absurdo que ainda existam pessoas no Brasil que não admitam que a população de menor poder econômico - como as residentes nas periferias, vilas e favelas dos grandes centros urbanos e nas regiões distantes a esses centros; as declaradas da raça negra; as pertencentes às populações tradicionais indígenas e quilombolas e às comunidades de terreiros, ribeirinhos, geraizeiros e vazanteiros – historicamente discriminadas, tenham acesso a esse direito universal que é a Educação.

A qualidade na educação em todos os níveis é fundamental. Mas não podemos cair na armadilha de discutir apenas a qualidade com o objetivo de privilegiar uma minoria sempre contemplada e beneficiada em detrimento de uma maioria.

O Supremo Tribunal Federal reconheceu as Cotas e o PROUNI como Constitucionais. É o que buscamos: primeiro vamos lutando e conquistando o que é nosso direito, depois eles reconhecem. Alguns torcem o nariz, mas é assim que se faz a luta do povo Brasileiro. Agora queremos mais políticas afirmativas, nos concursos públicos, nos espaços “chiques” e, também, queremos nosso povo melhor representado.

Celebramos os resultados, mas reivindicamos que seja melhorado a cada dia. A luta para que a inclusão seja efetiva em todos os espaços deverá ser permanente, para que nosso país seja de fato um gigante pela própria natureza. Sociedade e poder público devem levar em conta o esforço, suor e inteligência das diversas cores desse imenso país e parar de limitar as oportunidades. Queremos ser grandes, mas desde que todos tenham seus direitos garantidos e respeitados.

 

Gildázio Santos

Filósofo, técnico emprojetos sociais, técnico

social do Instituto deDireitos Humanos/MG

santos.gildazio@ig.com.br

www.areteeducar.org.br

 

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