Página PrincipalA Revista Colunas ALAIZE REIS Desastres ambientais
A atuação de vários episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) foi o principal mecanismo responsável pela ocorrência de chuva acima da média em grande parte de Minas Gerais no final de 2011. Em dezembro choveu mais em Minas do que o esperado para todo o ano, segundo o InfoTempo.
Em decorrên”cia do excesso de chuva no Estado, 221 cidades decretaram situação de emergência, de acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC-MG). O balanço feito pelo órgão indica que mais de 3,5 milhões de pessoas foram prejudicadas, direta ou indiretamente, pelas catástrofes naturais na região. Desde o começo do período chuvoso, em outubro do ano passado, 9.121 pessoas ficaram desabrigadas e pelo menos 19 pessoas perderam a vida em decorrência dos temporais.
Constata-se o crescimento desordenado com construções em áreas de risco, fato já existente há décadas que, sem nenhum planejamento urbanístico, reúne à indevida utilização do solo, o desmatamento de áreas no entorno das encostas, retirando assim as proteções naturais, o acúmulo de lixo a beira de rios e bueiros, o esgoto a céu aberto e a falta de estrutura básica causando a instabilidade da dinâmica do relevo, dos solos e dos rios. O resultado desta combinação é catástrofes naturais provocadas pelas chuvas.
A situação é desafiadora, pois a solução não pode ser paliativa ou emergencial, precisa ser definitiva ou buscar este caminho. Sabemos que serão décadas de planejamento e reconstrução de áreas hoje consideradas de riscos, mobilização de pessoas para áreas urbanizadas, projetos eficazes e mais preparados para absorção das chuvas ou outros eventos.
Soluções técnicas, preparo político - ambiental com medidas educativas, leis e decretos eficazes e funcionais no que tange a devida utilização do dinheiro público e sua aplicação para reestruturar tecnicamente o meio ambiente, prevenindo com obras eficientes e assegurando com isso a qualidade de vida do cidadão mineiro são medidas que, caso bem executadas ajudam na prevenção e, até mesmo, na não ocorrência de desastres como os que estão acontecendo a cada excesso pluvial. Sem este conjunto de medidas continuamos a vivenciar ano após ano cenas de desespero da população ao ver seus sonhos, patrimônio, enfim, sua história de vida serem levados pelas águas das enchentes.
Vale ressaltar que, segundo o Diário Oficial da União de 03 de fevereiro de 2012, o Ministério da Integração Nacional liberou 2,3 milhões de reais para ações de socorro e assistências as vítimas das enchentes de, APENAS, 12 cidades. Entre elas estão Brumadinho e Florestal.
Porém, o que precisamos é preservar o meio ambiente de forma consciente e agir conscientemente em todas as práticas para com ele.
Eng Civil. Alaize Elizabeth Gonçalves
Especialista em Gestão Ambiental e Recursos Hídricos
Diretora Ambiental do IMEC Instituto Mineiro de Engenharia Civil
Conselheira do CREA/MG
Email; alaize@erxengenharia.com.br
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