Página PrincipalA Revista Colunas PAULO PURAÑA Aprendendo a (des) aprender: mito e verdade sobre a feijoada
É verdade que a feijoada é presença constante na mesa do brasileiro e que é, sem dúvida alguma, o prato mais famoso da nossa culinária; quase unanimidade entre as pessoas nos finais de semana.
É mito o que se aprende no interior da sala de aula e ainda está presente na maioria dos livros didáticos e que todo mundo sabe, mas não está certo, não é verdade e não resiste a nenhuma investigação sociologicamente e antropologicamente mais séria é o mito de que a feijoada vinha da casa-grande, com os restos, partes de carnes que sobravam excluídas das mesas dos nobres portugueses e, que estas partes, consideradas menos nobres do porco como rabo, orelha, língua e pé, chegavam à senzala e eram misturadas ao feijão preto, sendo transformadas numa deliciosa feijoada.
Sobre a sua origem, há uma outra presunção de hipótese, sugerindo que a feijoada, de tradição européia, teve sua origem no século XIX, com base em cozido feito por portugueses, consistindo na mistura de vários tipos de carne, legumes e verduras, obedecendo variações de um lugar para o outro. Em Portugal, o cozido; na Itália, cassoela; na França, cassoulet. Esta tradição vem para o Brasil, sobretudo com os portugueses. Aqui no Brasil é que surgiu a idéia de prepará-la com feijão preto, inaceitável para os padrões europeus, que utilizavam o feijão-fradinho.
Eis aí, o nascimento da feijoada!!!!!!
Um VIVA à minha mãe Maria e à minha sogra Jandyra que fazem a melhor feijoada do território brasileiro, presunção à parte.
Um VIVA à Iara Couto, flautista do Grupo “Flor de Minas”; aos meus amigos de Juiz de Fora Thomas Knopp e Beth Ventura; à Dona Geisa, da Pousada do Ramiro em Paraty-RJ e finalmente, à Bruninha e à turma do Bar do Mercado em BH.
Paulo Puraña
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