• Grande BH, 21 de Janeiro de 2018
  • 09:21h
  • Siga:

Página PrincipalA Revista Colunas PAULO PURAÑA Aprendendo a (des) aprender: mito e verdade sobre a feijoada

Aprendendo a (des) aprender: mito e verdade sobre a feijoada

Edição 12 14/11/2014 PAULO PURAÑA

Aprendendo a (des) aprender: mito e verdade sobre a feijoada

ed12_cozinha_filosofia.png

“Mulher / Você vai fritar /
Um montão de torresmo pra acompanhar /
Arroz branco, farofa e a malagueta / A laranja-bahia ou da seleta /
Joga o paio, carne seca, toucinho no caldeirão / E vamos botar água no feijão.”
“Feijoada Completa”, de Chico Buarque 

É verdade que a feijoada é presença constante na mesa do brasileiro e que é, sem dúvida alguma, o prato mais famoso da nossa culinária; quase unanimidade entre as pessoas nos finais de semana.

É mito o que se aprende no interior da sala de aula e ainda está presente na maioria dos livros didáticos e que todo mundo sabe, mas não está certo, não é verdade e não resiste a nenhuma investigação sociologicamente e antropologicamente mais séria é o mito de que a feijoada vinha da casa-grande, com os restos, partes de carnes que sobravam excluídas das mesas dos nobres portugueses e, que estas partes, consideradas menos nobres do porco como rabo, orelha, língua e pé, chegavam à senzala e eram misturadas ao feijão preto, sendo transformadas numa deliciosa feijoada.

Sobre a sua origem, há uma outra presunção de hipótese, sugerindo que a feijoada, de tradição européia, teve sua origem no século XIX, com base em cozido feito por portugueses, consistindo na mistura de vários tipos de carne, legumes e verduras, obedecendo variações de um lugar para o outro. Em Portugal, o cozido; na Itália, cassoela; na França, cassoulet. Esta tradição vem para o Brasil, sobretudo com os portugueses. Aqui no Brasil é que surgiu a idéia de prepará-la com feijão preto, inaceitável para os padrões europeus, que utilizavam o feijão-fradinho.

Eis aí, o nascimento da feijoada!!!!!!

Um VIVA à minha mãe Maria e à minha sogra Jandyra que fazem a melhor feijoada do território brasileiro, presunção à parte.

Um VIVA à Iara Couto, flautista do Grupo “Flor de Minas”; aos meus amigos de Juiz de Fora Thomas Knopp e Beth Ventura; à Dona Geisa, da Pousada do Ramiro em Paraty-RJ e finalmente, à Bruninha e à turma do Bar do Mercado em BH.

Paulo Puraña
Escritor e Professor de filosofia
pós graduado em ciência da religião.
 ppurana@bol.com.br

 

 

Voltar para Colunas

  • Compartilhar:

Última Edição

Edição 14

Maio de 2017

Confira

Colunistas

SARAH PARDINI

Feminilidade

OHARA RAAD

Beleza e Estética

ALAIZE REIS

Engenharia Civil

RONAN GOMES

Língua Portuguesa

LINDOMAR GOMES

Direitos e Cidadania

Viva Grande BH

Rua Getúlio Vargas, 33 Bairro JK - Contagem, MG CEP 32.310-150

Contato

  • Redação: 31 2567.3756
  • Comercial: 31 2564.3755 | 3356.3865

Siga:

Assine nossa Newsletter:

(c) 2009-2010 Todos os direitos reservados. Confira nossas políticas de privacidade.

,